| 20/08/2010 |
| Bauru terá escritório de banco de cordão umbilical particular |
| Tisa Moraes |
| A partir da próxima semana, Bauru terá uma unidade regional para facilitar a vida de pais e mães que queiram congelar o sangue do cordão umbilical de seus bebês recém-nascidos. Trata-se do escritório da empresa mexicana Banco de Cordão Umbilical (BCU), que será inaugurado no próximo dia 25 de agosto. Vários médicos de Bauru, em parceria com bancos de cordão umbilical de outras cidades, já oferecem o serviço na cidade. Mas o escritório, segundo o sócio regional Ricardo Viegas, servirá como um intermediador do laboratório da empresa, sediado em São Paulo, e irá garantir todo o procedimento de retirada e transporte do sangue do cordão umbilical em Bauru e cidades da região até a Capital, onde o material biológico será criopreservado a -196ºC. “Também seremos responsáveis por dar todas as informações a essas mães e pais”, salienta. Viegas explica que o escritório fornecerá todo o suporte técnico aos obstetras da cidade, que efetuarão a coleta do sangue do cordão assim que o bebê nascer já com toda a logística preparada para que ele seja encaminhado para o laboratório. “O processo é indolor para a mãe e o bebê. Esse material é mantido em recipiente refrigerado e levado para São Paulo, onde será processado. Lá, as células-tronco são separadas e congeladas (em nitrogênio líquido)”, detalha. Todo o procedimento acontece em, no máximo, 48 horas, conforme determinação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anivsa). Doador Com o congelamento, os pais não precisarão, por exemplo, procurar um doador de medula caso a criança, anos depois, necessitar de um transplante. Isso porque as células-tronco funcionam como curingas e são capazes de se converter em todos os tipos de células do organismo humano, sejam elas nervosas, dérmicas, hepáticas, entre outras. Por sua versatilidade, estudos cada vez mais avançados têm permitido que elas sejam utilizadas para o tratamento de diversas doenças e algumas síndromes e displasias. Demanda pelo serviço é crescente De acordo com Ricardo Viegas, a primeira coleta de sangue de cordão umbilical foi realizada em 1988. Naquela época, a chance de uma pessoa utilizar esse material armazenado era de uma para 330 mil. Atualmente, essa proporção foi reduzida para uma em cada 27 pessoas. “Se as pesquisas em andamento sobre implante de células-tronco no coração forem bem sucedidas, a probabilidade é de que uma em cada três pessoas façam uso desta tecnologia ao longo da vida”, frisa. Descobertas As descobertas científicas também detectaram que as células-tronco obtidas do sangue do cordão umbilical possuem grande vantagem em sua eficácia terapêutica em relação às células adultas retiradas da medula óssea, da gordura ou dos dentes, por exemplo. Essa superioridade ocorre porque elas são mais facilmente captadas e em maior quantidade do que as demais, com o grande diferencial que serem “virgens”, ou seja, sem nenhuma interferência de fatores externos como estresse, medicamentos, produtos químicos e doenças. O JC apurou que a coleta do material, incluindo o primeiro ano de armazenamento, custa R$ 3,8 mil. Depois disso, a taxa anual de manutenção é de R$ 600,00. Em Bauru, o escritório regional está instalado na rua Gustavo Maciel, 15-85, no Centro. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (14) 3223-0903. |
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
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